quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A pedra que tropeças


Sou a pedra que tropeças, o caroço na garganta
O frio na barriga o nervoso da mão
Mas não me peças pra calar a minha boca quando canta
O sangue que por mim irriga é mais forte que o teu não

Tanto tempo passado
Á espera de algo que estava pensado
Mas o sorriso só foi dissipado
E em lágrimas tornado
Serei eu diferente, especial
Ou permanente...igual?

nada se divide, e acho que nunca vivi
Mas eu tenho a ferida, dor, que nunca engoli
Será sempre assim
Ou é só de mim?

Já não sou criança,
cresci por obrigação
Nada me alcança
não muda a situação

Olho para o sol,
lá de longe consegue ferir-me
Tal e qual o nosso amor
Tal e qual as tuas palavras
Não me aches um trol
Não me escrevas mais cartas,

Não dá
Não é possível sofrer tanto
Pega na pá e enterra o nosso canto

Justo sempre serei
Boa pessoa tentei
Jamais cantarei
Mas em ti pensarei

Não passei de um projecto para ti
Trataste me como um dejecto
E eu sempre senti

Não mintas mais não seduzas mais
Não me fintas eu não sou o teu cais

Beijo venenoso abraço mentiroso
Segue a tua vida seja lá o que for
Foste uma partida uma simples dor
Bateu forte foste amor
Hoje és um corte um simples pavor

Sou a pedra que tropeças, o caroço na garganta
O frio na barriga o nervoso da mão
Mas não me peças pra calar a minha boca quando canta
O sangue que por mim irriga é mais forte que o teu não

O Zézito de uma maneira ou outra

O Toque



Em ti pouso a minha mão
Sem saber quem eras
Nem se ias dizer não
Tens uma tatuagem com panteras
E o toque não foi em vão

A pele suave como um creme
Vai escorregando nas tuas costas
Começo a escorregar as mãos no leme
Que nem manteiga barrada em tostas

Se é seda ou mesmo pele
Eu não sei
Sei que o toque não arrepele
Por isso é que pensei:

Se um dia não te tocar
A minha mente entristece
Já nem consigo cantar
Como um velho que envelhece.

Zézito de uma maneira ou outra